Conferencias de la Universidad Nacional de Córdoba, IX Encuentro AFHIC / XXV Jornadas Epistemología e Historia de las Ciencias

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Os cientistas podem mudar de ideia: Weismann e a transmissão de caracteres adquiridos
Lilian Al-Chueyr Pereira Martins

Última modificación: 18-08-2014

Resumen


Grande parte dos estudiosos desde a Antiguidade até o final do século XIX considerava que modificações adquiridas durante a vida pelo uso e desuso e, em alguns casos, mutilações, pudessem ser transmitidas dos progenitores a seus descendentes. Geralmente o nome de August Friedrich Leopold Weismann (1834-1914) é associado à crítica e rejeição deste princípio e à distinção entre o “germeplasma” (“plasma germinativo”) e “somatoplasma” (“plasma somático”).  O objetivo desta comunicação é discutir o teor das críticas de Weismann e em que evidências ele se baseou, procurando elucidar por que somente após a morte de Charles Darwin (1809-1882) ele procedeu dessa forma. Este estudo levou à conclusão de que apenas as evidências experimentais obtidas por Weismann não são suficientes para explicar sua rejeição à transmissão de caracteres adquiridos e que esta se deveu, principalmente, às suas concepções sobre hereditariedade. Por outro lado, o questionamento deste princípio somente após a morte de Darwin pode ser explicado pelo respeito à autoridade do mesmo que considerava a herança de caracteres adquiridos como um dos meios de modificação das espécies e parte integrante de sua teoria.

Palabras clave


História da biologia; Weismann, August; transmissão de caracteres adquiridos