Conferencias de la Universidad Nacional de Córdoba, IX Encuentro AFHIC / XXV Jornadas Epistemología e Historia de las Ciencias

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Modelos: vantagens e desvantagens a partir da análise dos primórdios da física nuclear
Antonio Augusto Passos-Videira

Última modificación: 28-07-2014

Resumen


Desde o início do século passado que os físicos recorrem cada vez mais a modelos. Se antes eles eram percebidos como provisórios, sendo necessários apenas para uma exploração, realizados com o propósito de se conseguir dados quantitativos e informações qualitativas sobre os fenômenos em consideração, a partir de um certo momento, que coincide grosso modo com o começo de se entender a estrutura da matéria, eles passaram a ser vistos como um mal necessário, como uma situação inevitável. Não se deve achar que o uso de modelos começa com a teoria quântica, mas sim que esta atitude favorável aos modelos - se generalizou a partir de então. O momento decisivo para a consolidação da presença de modelos na física parece coincidir com o in cio da física nuclear ao final da decada de 1920. A generalização do uso de modelos implicou diferentes consequências, entre as quais a perda de unidade e a diminuição da relevância da verdade como correspondência como critério para a escolha entre modelos e teorias rivais. Mesmo o uso de modelos contraditórios entre si passou a ser aceitável. Os físicos passaram a ser mais liberais em suas posturas epistemológicas e metafísicas. Se os resultados científicos correspondiam às previsões formuladas, incoerências e contradições eram deixadas de lado, pelo menos até um momento posterior em que estas deveriam ser diretamente atacadas e, se possível, resolvidas. O objetivo da presente comunicação consiste menos em confirmar as afirmações acima e mais em investigar como os primeiros físicos a se preocuparem com a estrutura nuclear da matéria, entre os quais Rutherford, Bohr, Bethe, Heisenberg e Beck, enfrentaram a tarefa de mostrar a estrutura e a organiza o do núcleo atômico. Entre as nossas preocupações, duas devem ser mencionadas: o uso da matemática e o uso dos dados empíricos; um deles seria mais importante do que outro? Ou seria que se procurava conscientemente encontrar uma situação equilibrada entre matemática e experiência? Os limites temporais desta comunicação são os anos de 1920 e 1939. A metodologia adotada emprega artigos científicos originais, artigos históricos escritos por alguns dos protagonistas dos eventos aqui analisados e textos históricos redigidos por autores que não participaram deles. Em outras palavras, esta comunicação pertence ao domínio da história da física. Ou ainda: pode-se considerá-la como integrando a chamada história epistemológica da ciência.


Palabras clave


Física Nuclear, Modelos, Fenomenologia, Décadas de 1920 e 1930